A terapia familiar intervém nos conflitos existentes no grupo e no seu funcionamento. O objetivo é gerar reformulações, modificações e neutralizações que promovam melhorias.

Ao atender uma família, o terapeuta vai buscar fazê-la sentir-se melhor, diminuir seu sofrimento, em função de uma comunicação reformulada e de interações mais adequadas, que possam apresentar a todos os seus membros maior bem-estar.

É recomendável nas situações disfuncionais em que a família se encontra e que possam se tornar a causa de conflitos e/ou patologias. Questões de desencontros na comunicação, dependência química, morte, transtornos alimentares, doenças, separações entre outros, são algumas das situações que trazem famílias para terapia.

A terapia familiar vai sempre se direcionar ao conflito grupal e não sobre a soma de conflitos individuais. Claro, os aspectos individuais não são negados, pois se fazem presentes o tempo todo, alem de determinarem e condicionarem alguns mecanismos grupais. O objetivo é que o grupo funcione de maneira mais adequada.

O terapeuta precisa ter o cuidado de respeitar e expor os limites entre ele e família, pois ele precisa reconhecer esses limites em todos os níveis, tanto intelectual quanto emocional para que não aconteçam intervenções individuais dentro do grupo sem expor ninguém.

A sessão dura de 1h30 a 2h, dependendo do número de integrantes da família.

Nem sempre a família como um todo resolve vir para terapia. Muitas vezes, uma pessoa que já está dentro de um processo individual visualiza a importância de certas questões serem trabalhadas pela família. Há casos de prescrição feita por um profissional, médico ou psicoterapeuta.

"Na terapia familiar, o objetivo são as mudanças na interação do sistema familiar e não as mudanças individuais. Estas ocorrerão como consequência das mudanças do sistema". (Beels and Ferber, 1969, p. 281)